segunda-feira, 3 de outubro de 2011

COMUNICAÇÃO EXPRESSÃO


NP1
Do assunto 01 até  04
Todos os exercícios destas unidades

Título : APRESENTAÇÃO: Construindo a proficiência leitora

Conteúdo :
ATENÇÃO, CARO ALUNO:

PARA A PROVA BIMESTRAL - NPI, VOCÊ DEVE ESTUDAR OS SEGUINTES CONTEÚDOS:
Texto e contexto: conhecimento linguístico, conhecimento enciclopédico  (conhecimento de mundo) e conhecimento interacional.
1.      Intertextualidade.
2.      As informações implícitas (pressuposto e subentendido).
3.      As condições de produção do texto: sujeito (autor/leitor), o contexto (imediato/histórico) e o sentido (interação/interpretação).

BOA PROVA!

Caro aluno

     Na disciplina de Comunicação & Expressão  - CE -, você terá a oportunidade de ampliar seu universo cultural e expressivo, trabalhando e analisando textos orais e escritos sobre os mais variados assuntos, bem como de produzir textos diversos na linguagem oral e escrita. 

Esperamos que com empenho e dedicação você seja capaz de, ao término do curso:
a)     ampliar os conhecimentos e vivências de comunicação e de novas leituras do mundo, por meio da relação texto/contexto;
b)     propiciar a compreensão e valorização das linguagens utilizadas nas sociedades atuais e de seu papel na produção de conhecimento;
c)      vivenciar processos específicos da linguagem e produção textual: ouvir e falar; ler e escrever – como veículos de integração social;
d)     desenvolver recursos para utilizar a língua, por meio de textos orais e escritos,  não apenas como veículo de comunicação, mas como ação e interação social.

Nosso conteúdo abordará os seguintes itens:

Primeiro bimestre:

1)     Texto e contexto: conhecimento linguístico, conhecimento enciclopédico ou conhecimento de mundo e conhecimento interacional.
2)     Texto e contexto, contextualização na escrita.
3)     Intertextualidade.
4)     As informações implícitas (pressuposto e subentendido).
5)     As condições de produção do texto: sujeito (autor/leitor), o contexto (imediato/histórico) e o sentido (interação/interpretação).
6)     Alteração no sentido das palavras: a metáfora e a metonímia;

Segundo bimestre:

7)     Os procedimentos argumentativos em um texto
8)     O artigo de opinião e o texto crítico (resenha), enquanto gêneros discursivos.

Para enriquecer seus estudos, sugerimos a seguinte bibliografia básica:
FIORIN, José Luiz e PLATÃO, Francisco. (2008). Para entender o texto: leitura e redação. 17. ed. São Paulo: Ática.

_____. (2006). Lições de texto: leitura e redação. 5. ed. São Paulo: Ática. 
KOCH, Ingedore Villaça & ELIAS, Vanda Maria. (2006). Ler e compreender: os sentidos do texto. São Paulo: Contexto.





Língua

Esta língua é como um elástico
Que espicharam pelo mundo.

No início era tensa,
De tão clássica.
Com o tempo, se foi amaciando,
Foi-se tornando romântica,
Incorporando os termos nativos
E amolecendo nas folhas de bananeira
As expressões mais sisudas.

Um elástico que já não se pode
Mais trocar, de tão gasto;
Nem se arrebenta mais, de tão forte.
Um elástico assim como é a vida
Que nunca volta ao ponto de partida.

(Gilberto Mendonça Teles)


1. Concepções de língua e linguagem
 
http://online.unip.br/img_ead_dp/12388.jpgA linguagem, em suas diversas manifestações, é fundamental para todo e qualquer ser. No início da humanidade, o homem necessitava expressar sensações e estabelecer as mais variadas relações. Uma dessas formas de expressão acontecia, assim como ainda acontece, por meio da linguagem.







www.institutoaqualung.com.br/info_fogo55.html
(acesso em 30/07/2007) 

Mas a linguagem não é única, alheia à realidade e ao mundo. Ela é influenciada pelos meios social e cultural e esses, por sua vez, também são influenciados por ela. Isso porque o homem é o principal agente que participa desse processo, criando recursos que auxiliam ou aperfeiçoam a produção da linguagem, com o objetivo de melhorar a comunicação, cujo maior recurso é a palavra.
 

http://online.unip.br/img_ead_dp/12389.jpg
http://fotos.sapo.pt/vad/pic/0003k9z9/s340x255
(acesso em 30/07/2007)
De acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais, “não há linguagem no vazio, seu grande objetivo é a interação, a comunicação com um outro, dentro de um espaço social”.


 
O termo linguagem deve ser entendido como a faculdade mental que distingue os humanos de outras espécies animais e possibilita nossos modos específicos de pensamento, conhecimento e interação com os semelhantes. É a capacidade específica à espécie humana de se comunicar por meio de um sistema de signos (ou língua).

Para Saussure, o pai da Linguística, a linguagem é composta de duas partes: a Língua, essencialmente social porque é convencionada por determinada comunidade linguística; e a Fala, que é individual, ou seja, é veículo de transmissão da Língua, usada pelos falantes por meio da fonação e da articulação vocal. Saussure, no Curso de Linguística Geral, define e diferencia a língua da fala afirmando que:


 
a língua é o produto social da faculdade da linguagem e um conjunto de convenções necessárias, adotadas pelo corpo social, para permitir o exercício dessa faculdade nos indivíduos. Trata-se de um tesouro depositado pela prática da fala em todos os indivíduos pertencentes à mesma comunidade, um sistema gramatical que existe virtualmente em cada cérebro ou, mais exatamente, nos cérebros dum conjunto de indivíduos, pois a língua não está completa em nenhum, e só na massa ela existe.


Em resumo, podemos dizer que:

 
Linguagem: é uma faculdade mental que possibilita a interação entre os seres humanos.

Língua: é um tipo de código formado por palavras e leis combinatórias por meio do qual as pessoas se comunicam e interagem entre si.

Fala: é a atividade linguística concreta. Inclui todas as variações que o falante pode acrescentar às inúmeras estruturações linguísticas já formuladas e aceitas socialmente. Representa sempre um ato individual.
Os usuários de uma língua exercitam sua capacidade de organizar e transmitir ideias, informações, opiniões em situações de interação comunicativa, utilizando o texto. Tradicionalmente, entende-se por texto um conjunto de enunciados inter-relacionados formando um todo significativo, que depende da coerência conceitual, da coesão sequencial entre seus constituintes e da adequação às circunstâncias e condições de uso da língua.

O conceito de texto, sob o ponto de vista das modernas teorias linguísticas, pode ser entendido de maneira mais abrangente. Ao ampliar essa noção, duas esferas devem ser consideradas: a primeira mantém-se numa perspectiva ainda estritamente linguística; a segunda se estende para outras linguagens além da verbal. Daí podermos falar de texto verbal, texto visual, texto verbal e visual, texto musical, texto cinematográfico, texto pictórico, entre outros.

Assim, podemos dizer que o ser humano dispõe de diferentes linguagens para se comunicar e interagir com o mundo e com as pessoas. No entanto, parece que a palavra tem sido o meio preferido para objetivar seu pensamento, interagir com o outro e se fazer compreender. É por essa razão que, na próxima aula, focalizaremos o texto escrito e o texto oral.
Leia o texto abaixo.
Língua e fala
“Na linguagem, pois, distinguem-se dois fatores – a língua e a fala.

Foi Saussure o primeiro a separar e conceituar estes dois aspectos. Compara ele a língua a um dicionário cujos exemplares idênticos são distribuídos entre os indivíduos.       

Cada falante escolhe na língua os meios de expressão de que necessita para comunicar-se, confere-lhe natureza material, produzindo assim a fala.

A fala, de aplicação momentânea, é fruto da necessidade psicológica de comunicação e expressão. Porque é a realização individual da língua, torna-se flutuante e varia, pois muda de indivíduo para indivíduo, de situação para situação. Altera-se facilmente pela influência de fatores diversos – estados psíquicos, ascensão social, migração, mudança de atividade, etc. Não é, porém, um fator de criação e sim de modificação. O indivíduo, pelo ato de fala, não cria a língua, pois recebe e usa aquilo que a sociedade lhe ministrou e, de certa forma, lhe impôs.

A língua tem sempre a possibilidade de fixação e sistematização em dicionários e gramáticas. É um patrimônio extenso e ninguém a possui em sua totalidade. Cada falante retém uma parte (embora grande) do sistema, que não existe perfeito em nenhum indivíduo.

                                                                              (Francisco da Silva Borba. In. Nicola, 1997)

Indique a afirmação correta, tendo por base o texto apresentado.
A)
Língua e fala são fenômenos exatamente idênticos;
B)
Há indivíduos que conhecem e usam uma língua em sua totalidade;
C)
A fala é invariável, mantendo-se independente da situação;
D)
Uma mudança de atividade implica uma alteração na língua.
E)
A gramática sistematiza a língua; o dicionário a fixa.

 Você já respondeu e acertou este exercício! (Resposta: E)
Leia o texto:
No estádio de futebol, a comunicação aparece nos gritos da torcida, nas cores das bandeiras, nos números das camisetas dos jogadores, nos gestos, apitadas e cartões do juiz e dos bandeirinhas, no placar eletrônico, nos alto-falantes e radinhos de pilha, nas conversas e insultos dos torcedores, em seus gritos de estímulo, no trabalho dos repórteres, radialistas, fotógrafos e operadores de TV. O próprio jogo é um ato de comunicação.

Dias antes já tinha provocado dúzias de mensagens e durante dias a fio ele continuará sendo objeto de comunicação nos botequins, nos escritórios, nas fábricas, nos rádios e nos jornais.

                               (BORDENAVE, Juan. E. Dias. O que é comunicação. 2 ed. São Paulo:Brasiliense, 1982. p.15)

Dentre as manifestações comunicativas citadas abaixo, reconheça o que se constitui em linguagem verbal e em linguagem não-verbal.

1. gritos da torcida    
2. cores das bandeiras   
3. números das camisetas  
4. gestos, apitadas, e cartões do juiz e dos bandeirinhas  
5. conversas de torcedores

Assinale a alternativa correta.
A)
1.V, 2.V, 3.NV, 4.NV, 5.V 
B)
1.NV, 2.V, 3.V, 4.NV, 5.NV
C)
1.V, 2.NV, 3.NV, 4.NV, 5.V
D)
1.V, 2.V, 3.NV, 4.NV, 5.V
E)
1.V, 2.NV, 3.V, 4.NV, 5.V

Sucesso Você já respondeu e acertou este exercício! (Resposta: C)
  Do texto a seguir, pode-se dizer que:
Seu dotô me conhece ?
Patativa do Assaré
Seu dotô, só me parece
Que o sinhô não me conhece,
Nunca sôbe quem sou eu,
Nunca viu minha paioça,
Minha muié, minha roça
E os fio que Deus me deu.
Se não sabe, escute agora,
Que vou contá minha história,
Tenha bondade de uvi:
Eu sou da crasse matuta,
Da crasse que não desfruta
Das riqueza do Brasi.
A)
  Trata-se de um registro informal inadequado à língua escrita, pois o poeta escreveu errado muitas palavras.
B)
 Trata-se de um registro informal adequado à situação de produção, pois o texto representa a fala oral de um sertanejo.
C)
  Trata-se de um registro informal inadequado à língua escrita, visto que todo texto escrito exige o uso formal da língua.
D)
  Trata-se de um registro informal inadequado à língua escrita porque nele há mistura de palavras corretas e incorretas.
E)
  Trata-se de um registro formal adequado à língua escrita, embora haja traços de oralidade.

Sucesso Você já respondeu e acertou este exercício! (Resposta: B)
Observe a letra desta canção para escolher a alternativa correta:
"A gente quer calor no coração;
a gente quer suar, mas de prazer:
a gente quer é ter muita saúde;
a gente quer viver a liberdade;
a gente quer viver felicidade.
É, a gente não tem cara de panaca,
a gente não tem jeito de babaca..."
Música "É" (Luiz Gonzaga Jr.)
A)
Nessa letra de Gonzaguinha, vimos o uso inadequado das gírias "panaca" e "babaca", já que o texto escrito não permite o uso de gírias. 
B)
Por ser a canção um registro escrito, o compositor deveria ter empregado em vez de “babaca”, a sua variante culta "basbaque".
C)
O uso da gíria no texto acima está adequado, pois o registro da canção é informal.
D)
A gíria é um recurso lingüístico saudável e pode ser interessante e criativa, mas só pode ser empregada na língua oral, nunca na escrita.
E)
Nessa letra de música, o uso da expressão "a gente" em substituição a "nós" está incorreto, pois contraria o registro formal exigido em todo texto escrito.

Sucesso Você já respondeu e acertou este exercício! (Resposta: C)
Considere a imagem a seguir:

http://online.unip.br/img_ead_dp/12469.gif
A)
O texto representa uma transcrição da fala para escrita.
B)
O autor do texto com certeza é um analfabeto.
C)
O texto escrito está adequado, pois o estabelecimento comercial deve ser uma ‘birosca’ de beira de estrada.
D)
Trata-se de um registro escrito formal, embora transfira para a língua escrita o modo como muitos usuários da língua falam no dia a dia.
E)
A situação comunicativa em questão exigiu o emprego de uma variação lingüística adequada aos frequentadores do estabelecimento

Sucesso Você já respondeu e acertou este exercício! (Resposta: A)
(ENEM) Leia o texto para responder à questão:

Aula de Português
(1)     A linguagem
          na ponta da língua
          tão fácil de falar
(4)     e de entender.
         A linguagem
         na superfície estrelada de letras,
(7)    sabe lá o que quer dizer?
         Professor Carlos Góis, ele é quem sabe,
         e vai desmatando
(10)   o amazonas de minha ignorância.
         Figuras de gramática, esquipáticas,
         atropelam-me, aturdem-me, seqüestram-me.
        Já esqueci a língua em que comia,
        em que pedia para ir lá fora,
        em que levava e dava pontapé,
 (16) a língua, breve língua entrecortada
        do namoro com a priminha.
        O português são dois; o outro, mistério.


Carlos Drummond de Andrade. Esquecer para lembrar. Rio de Janeiro: José Olympio, 1979.
No poema, a referência à variedade padrão da língua está expressa no seguinte trecho:

A)
 “A linguagem / na ponta da língua” (v.1 e 2).
B)
“A linguagem / na superfície estrelada de letras” (v.5 e 6).
C)
 “[a língua] em que pedia para ir lá fora” (v.14).
D)
“[a língua] em que levava e dava pontapé” (v.15).
E)
 “[a língua] do namoro com a priminha” (v.17).

Sucesso Você já respondeu e acertou este exercício! (Resposta: B)
Título : 5. As condições de produção do texto
Conteúdo :



Neste conteúdo, você estudará sobre as condições de produção de um texto. Nenhum texto é produzido no vazio. Leia o exemplo a seguir para entender as várias interferências que devemos observar quando lemos ou escrevemos algo, pois elas nos orientam tanto na tarefa de ler, quanto na de escrever. Cada texto, ao ser escrito, deve atender a essas  condições para que seus objetivos sejam alcançados.


As condições de produção do texto

Você já parou para pensar que em cada situação da vida cotidiana produzimos, quase que intuitivamente, textos diferentes para atender a diferentes finalidades?

Veja:
 
http://online.unip.br/img_ead_dp/12394.jpgPodemos, por exemplo, escrever uma carta a um jornal se quisermos expressar nossa indignação ou admiração em relação a uma matéria que tenhamos lido. Para divulgar um serviço que prestamos, podemos escrever um anúncio para uma revista, um folheto de propaganda para ser distribuído em diversos lugares. Se desejarmos uma vaga de emprego, devemos escrever um currículo para informar nossa experiência profissional e nossa formação. Se fizermos uma pesquisa e quisermos divulgar os resultados dela, por exemplo, podemos escrever um artigo acadêmico-científico para uma revista especializada. Quando queremos saber notícias de uma pessoa querida que está distante, podemos escrever uma carta ou um e-mail.

Isso significa que em várias circunstâncias da vida escrevemos textos para diferentes interlocutores, com distintas finalidades, organizados nos mais diversos gêneros, para circularem em espaços sociais vários.


Por isso, a cada circunstância correspondem:

a) finalidades diferentes: manifestar nossa forma de pensar a respeito de determinada matéria lida; divulgar determinados serviços buscando seduzir possíveis clientes; convencer a respeito de determinadas interpretações de dados; obter notícias sobre um ente querido; informar sobre sua qualificação profissional;

b) interlocutores diversos: leitores de um determinado veículo da mídia impressa (jornal, revista); transeuntes de determinados locais (vias de circulação, rodoviária etc.); colegas de trabalho, leitores de determinada revista acadêmico-científica ou de determinado tipo de livro; um parente próximo ou um amigo; um possível contratante;

c) lugares de circulação determinados: mídia impressa; academia; família ou círculo de amizades; determinada empresa (esfera profissional); vias públicas de grande circulação de veículos e pessoas;

d) gêneros discursivos específicos: carta de leitores; anúncio; folheto de propaganda; outdoor; artigo acadêmico-científico; carta pessoal; currículo.

Quer dizer: escrever um texto é uma atividade que nunca é a mesma nas diferentes circunstâncias em que ocorre, porque cada escrita se caracteriza por diferentes condições que determinam a produção dos discursos. Essas condições referem-se aos elementos apresentados acima. Mas não apenas a eles. Um aspecto a ser considerado ainda é o lugar social do qual se escreve.

Todos nós desempenhamos diferentes papéis na vida: o pai/mãe, de filho/filha, de irmão/irmã, de associado de determinado clube, de consumidor de determinado produto, de cidadão brasileiro, o relativo à profissão que exercemos (professores, médicos, dentistas, vereadores, escritores, revisores, feirantes, digitadores, diretores de escola, atores etc), entre outros. Cada um desses papéis estabelece entre nós e aqueles com quem nos relacionamos determinados vínculos, que implicam responsabilidades assumidas, pontos de vista a partir dos quais os acontecimentos são analisados, recomendações são feitas, atitudes são tomadas.

 Ainda que esses papéis se articulem todo o tempo, uma vez que são todos constitutivos do sujeito e que, dessa forma, influenciam-se mutuamente, quando assumimos a palavra para dizer alguma coisa a alguém, um desses papéis predomina, em função das demais características do contexto de produção (sobretudo do lugar de circulação do discurso e do interlocutor presumido).
 
Ser um escritor/leitor proficiente, portanto, significa saber lidar com todas as características do contexto de produção dos textos, de maneira a orientar a produção do seu discurso pelos parâmetros por elas estabelecido. Contexto é a situação histórico-social de um texto, envolvendo não somente as instituições humanas, como ainda outros textos que sejam produzidos em volta e que com ele se relacionem. Pode-se dizer que o contexto é a moldura de um texto. O contexto envolve elementos tanto da realidade do autor quanto do leitor — e a análise desses elementos ajuda a produzir sentidos possíveis. Isso significa que todo discurso é uma construção social, não individual, e que só pode ser analisado considerando seu contexto histórico-social, suas condições de produção; significa ainda que o discurso reflete uma visão de mundo determinada, necessariamente, vinculada à do(s) seu(s) autor(es) e à sociedade em que vive(m).


Para encerrar esta aula, reflita sobre o que Graciliano Ramos fala sobre o ato de escrever:

"Deve-se escrever da mesma maneira como as lavadeiras lá de Alagoas fazem seu ofício. Elas começam com uma primeira lavada, molham a roupa suja na beira da lagoa ou do riacho, torcem o pano, molham-no novamente, voltam a torcer. Colocam o anil, ensaboam e torcem uma, duas vezes. Depois enxáguam, dão mais uma molhada, agora jogando a água com a mão. Batem o pano na laje ou na pedra limpa, e dão mais uma torcida e mais outra, torcem até não pingar do pano uma só gota. Somente depois de feito tudo isso é que elas dependuram a roupa lavada na corda ou no varal, para secar.
Pois quem se mete a escrever devia fazer a mesma coisa. A palavra não foi feita para enfeitar, brilhar como ouro falso; a palavra foi feita para dizer."

Graciliano Ramos, em entrevista concedida em 1948
A Propaganda pode ser definida como divulgação intencional e constante de mensagens destinadas a um determinado auditório visando criar uma imagem positiva ou negativa de determinados fenômenos. A Propaganda está muitas vezes ligada à ideia de manipulação de grandes massas por parte de pequenos grupos. Alguns princípios da Propaganda são: o princípio da simplificação, da saturação, da deformação e da parcialidade. (Dicionário de Política)

Segundo o texto, muitas vezes a propaganda
A)
não permite que minorias imponham ideias à maioria.
B)
depende diretamente da qualidade do produto que é vendido.
C)
favorece o controle das massas difundindo as contradições do produto.
 
D)
está voltada especialmente para os interesses de quem vende o produto.
E)
convida o comprador à reflexão sobre a natureza do que se propõe vender.

Sugestão

Sucesso Você já respondeu e acertou este exercício! (Resposta: D)
Leia a tirinha a seguir e responda:

http://online.unip.br/img_ead_dp/12395.jpg 

A conversa entre Mafalda e seus amigos
A)
revela a real dificuldade de entendimento entre posições que pareciam convergir.
B)
desvaloriza a diversidade social e cultural e a capacidade de entendimento e respeito entre as pessoas.
C)
expressa o predomínio de uma forma de pensar e a possibilidade de entendimento entre posições divergentes.
 
D)
ilustra a possibilidade de entendimento e de respeito entre as pessoas a partir do debate político de ideias.
E)
mostra a preponderância do ponto de vista masculino nas discussões políticas para superar divergências.

Sugestão

Sucesso Você já respondeu e acertou este exercício! (Resposta: A)
Leia o fragmento textual para responder à questão


UTILIZANDO O LIQUIDIFICADOR
1. Sobre uma superfície, retire a faca do copo pressionando o botão Magiclean. A faca soltará facilmente. Lave-a com cuidado (figura 2). Monte a faca no copo, pressionando firmemente, até que o encaixe faça um “click” (figura 3).
2. Posicione o copo sobre a base motora, com a alça do lado direito ligeiramente voltada para trás. Gire o copo, segurando-o pela alça, no sentido horário, até ouvir um “click” (figura 4). O copo estará corretamente montado.
A)A construção composicional do texto é marcada, sempre, pela argumentação sobre um determinado tema polêmico.
B)O campo de atividade humana em que circula esse texto é representado pelas revistas de culinária.
C)
O que configura o estilo de linguagem do texto são as frases longas e complexas.O que configura o estilo de linguagem do texto são as frases longas e complexas.
D)O texto pertence ao gênero manual de instruções.
E)O texto pertence ao gênero receita culinária.

Sucesso Você já respondeu e acertou este exercício! (Resposta: D)
Podemos afirmar que todo texto é um pronunciamento sobre uma dada realidade, uma vez que:
A)O autor do texto, ao fazer esse pronunciamento, narra os fatos históricos de um país.
B)O autor do texto, ao fazer esse pronunciamento, trabalha com as idéias de seu tempo e da sociedade em que vive.
C)
O autor do texto, ao fazer esse pronunciamento, apresenta ao leitor uma oportunidade de conhecer uma outra realidade histórica.
D)O autor do texto, ao fazer esse pronunciamento, aponta concepções da classe dominante da sociedade.
E)O autor do texto, ao fazer esse pronunciamento, revela todas as visões da sociedade a respeito da vida humana.
 Você já respondeu e acertou este exercício! (Resposta: B)
Podemos dizerque o textoabaixo é umexemplo de carta:
“Florzinha singela, essesseuscabelos loiros enfeitiçara vorazmenteumcoraçãosedento e puro de sentimentos...”
umdiscretoadmirador
A)Familiar.
B)Amorosa.
C)Doutrinatária.
D)Crítica.
E)Comercial.

Sucesso Você já respondeu e acertou este exercício! (Resposta: B)
Leia o enunciado abaixo e, em seguida, assinale a alternativa INCORRETA:
Sou casado com a Fátima, mas vivo com a MERCEDES (pára-choque de caminhão)
A)
O contexto é decisivo para a interpretação do texto.
B)
Mercedes deve ser entendido como um nome de mulher.
C)
Fátima deve ser entendido como o nome da esposa do sujeito presente nos verbos “ser”  e “viver”.
D)
“Mas” é uma conjunção que estabelece relação de adição.
E)
O texto contém uma ambigüidade cuja resolução se dá pela informação entre parênteses.

Sucesso Você já respondeu e acertou este exercício! (Resposta: B)
Leia o enunciado abaixo e, em seguida, assinale a alternativa incorreta :
Devo tudo a minha mãe mas, já estou negociando. (adesivo colocado em vidro de carro)
A)
O sinal indicativo de crase em “a minha mãe” é facultativo.
B)
A segunda oração frustra a expectativa criada pela primeira.
C)
O sentido do verbo “dever” está diretamente relacionado ao verbo “negociar”.
D)
É possível concluir que o objeto negociado pelo filho é o próprio carro onde o adesivo foi colado.
E)
A vírgula depois da conjunção “mas” está conforme recomendado pela gramática.

Sucesso Você já respondeu e acertou este exercício! (Resposta: E)
Título : 3. Intertextualidade
Conteúdo :
Neste conteúdo, vamos tratar da Intertextualidade - um importante fator de textualidade, pois nenhum texto nasce do 'nada', mas sempre retoma um outro. Veja como e porque isso acontece lendo os orientações a seguir e também consultando a bibliografia indicada:
 
FIORIN, José Luiz & PLATÃO, Francisco. (2008). Para entender o texto: leitura e redação. São Paulo: (Lição 2).

KOCH, Ingedore Villaça & ELIAS, Vanda Maria. (2006). Ler e compreender: os sentidos do texto. São Paulo: Contexto.





1) Intertextualidade


Observe os textos a seguir:


http://online.unip.br/img_ead_dp/12465.gif
    Veja que os textos são semelhantes. Como o de Gonçalves Dias é anterior aos demais, o que ocorre é que estes fazem alusão àquele. Eles citam e/ou retomam aquele. Assim, um escritor, ao fazer uso da palavra, muitas vezes, recorre a textos alheios específicos para fundamentar sua fala, discordar da fala alheia, citar um conceito, aludir a um conhecimento coletivo ou ilustrar o que pretender dizer etc. Dessa maneira, estabelece-se um diálogo entre dois ou mais textos. A esse diálogo entre os textos dá-se o nome de intertextualidade.


Um texto cita outro com, basicamente, duas finalidades distintas:
a)      para reafirmar alguns dos sentidos do texto citado;
b)      para inverter, contestar e deformar alguns dos sentidos do texto citado; para polemizar com ele.
A percepção das relações intertextuais, das referências de um texto a outro, depende do repertório do leitor, do seu acervo de conhecimentos literários e de outras manifestações culturais. Daí a importância da leitura. Quanto mais se lê, mais se amplia a competência para apreender o diálogo que os textos travam entre si por meio de referências, citações e alusões. Diz-se que todo texto remete a outros textos no passado e aponta para outros no futuro. Quanto mais elementos reconhecemos em um texto, mais fácil será a leitura e mais enriquecida será a nossa interpretação, ou seja, a intertextualidade é um fenômeno cumulativo: quanto mais se lê, mais se detectam vestígios de outros textos naquele que se está lendo. Reconhecer o GÊNERO a que pertence o texto lido é uma das chaves para a melhor interpretação do contexto.
A presença de vestígios de outros assuntos dá sustentação à tese de que intertextualidade constitutiva do texto é eminentemente interdisciplinar (o mesmo texto pode ser utilizado em diversas matérias com enfoques específicos a cada uma delas). O conjunto de relações com outros textos do mesmo gênero e com outros temas transforma o texto num objeto tão aberto quantas sejam as relações que o leitor venha a perceber.
 

Exemplos de intertextualidade:

 
José
Carlos Drummond de Andrade

http://online.unip.br/img_ead_dp/14604.jpg  
Disponível em: <http://www.algumapoesia.com.br/drummond/drummond14.htm>. Acesso em: 25 ago. 2008.

E agora, José?
A festa acabou,
a luz apagou,
o povo sumiu,
a noite esfriou,
e agora, José?
e agora, Você?
Você que é sem nome,
que zomba dos outros,
Você que faz versos,
que ama, proptesta?
e agora, José?

Está sem mulher,
está sem discurso,
está sem carinho,
já não pode beber,
já não pode fumar,
cuspir já não pode,
a noite esfriou,
o dia não veio,
o bonde não veio,
o riso não veio,
não veio a utopia
e tudo acabou
e tudo fugiu
e  tudo mofou,
e agora, José?

E agora, José?
sua doce palavra,
seu instante de febre,
sua gula e jejum,
sua biblioteca,
sua lavra de ouro,
seu terno de vidro,
sua incoerência,
seu ódio, - e agora?

Com a chave na mão
quer abrir a porta,
não existe porta;
quer morrer no mar,
mas o mar secou;
quer ir para Minas,
Minas não há mais.
José, e agora?

Se você  gritasse,
se você gemesse,
se você tocasse,
a valsa vienense,
se você dormisse,
se você cansasse,
se você morresse....
Mas você não morre,
você é duro, José!

Sozinho no escuro
qual bicho-do-mato,
sem teogonia,
sem parede nua
para se encostar,
sem cavalo preto
que fuja do galope,
você marcha, José!
José, para onde?
Carlos Drummond de Andrade. In Poesias. José Olympio, 1942.


 
E agora, José?
A festa acabou? Já não há mais PT? Não, José, de tudo isso fica uma grande lição: não é a direita que inviabiliza a esquerda. Esta tem sido vítima de sua própria incoerência, inclusive quando se elege por um programa de mudanças e adota uma política econômica de ajuste fiscal que trava o desenvolvimento, restringindo investimentos públicos e privados.
A esquerda deu um tiro no pé na União Soviética, esfacelada sem que a Casa Branca lhe atirasse um único míssil. Faliu por conta da nomenklatura, das mordomias abusivas das autoridades, da arrogância do partido único, da corrupção. Assim foi na Nicarágua, onde líderes sandinistas se locupletaram com imóveis expropriados pela revolução e enriqueceram como por milagre.
Agora, José, é a nossa confiança no PT que se vê abalada. O que há de verdade e de mentira em tudo isso? Por que o partido não abre sua contabilidade na internet? Se houve mesmo "mensalões" e malas de dinheiro, como ficam os pobres militantes e simpatizantes que, em todas as campanhas eleitorais, contribuíram, com sacrifício, do próprio bolso? Findas as investigações, o PT precisará vir a público e, de cabeça erguida, demonstrar que tudo não passou de "denuncismo", de "golpismo", de armação (ia escrever "dos inimigos") dos aliados... ou, de cabeça baixa, em atitude humilde, reconhecer que houve, sim, malversação, improbidade, tráfico de influência e corrupção.
O mais grave, José, é o desencanto que toda essa "tsulama" provoca na opinião pública, sobretudo na dos mais jovens.
Quando admitimos que "todos os partidos são farinha do mesmo saco", fazemos o jogo dos corruptos, pois quem tem nojo de política é governado por quem não tem. Se todos se enojarem, será o fim da democracia e da esperança de que, no futuro, venha a predominar a política regida por fortes parâmetros éticos. Portanto o desafio, hoje, não é só promover reformas estruturais no país. É reformar a própria política, de modo a vedar os buracos pelos quais a corrupção e o nepotismo se infiltram.
Temo que por muitas cabeças passe a idéia de, nas próximas eleições, em 2006, anular o voto ou votar em branco. Seria um desastre. O voto é uma arma pacífica. Deve ser usado com acuidade e sabedoria.
Em todo esse processo é preciso destacar os políticos que primam pela ética, pela coerência de princípios e pela visão de um novo Brasil, sem alarmantes desigualdades sociais. Antonio Callado, em sua última entrevista, a esta Folha, disse que perdera "todas as batalhas".
Também experimentei, José, muitas perdas: a morte do Che, a derrota da guerrilha urbana contra a ditadura militar, a queda do Muro de Berlim e, agora, essa fratura no corpo do partido que ajudei a construir como simpatizante e que se gabava de primar pela ética na política. No entanto quantas vitórias! Sobre a França e os EUA no Vietnã; sobre os EUA e a ditadura de Batista em Cuba; a de Martin Luther King contra o racismo americano; a de Nelson Mandela contra o apartheid na África do Sul.
No Brasil, a extensa rede de movimentos populares, as CEBs, a CUT, o MST, a CPT, a CMP, a CMS; os movimentos de direitos humanos, mulheres, negros, indígenas; as ONGs, as empresas cônscias da responsabilidade social. E, sobretudo, a eleição de Lula à Presidência da República.
Não se pode jogar no lixo da história todo esse patrimônio social e político. Sem confundir pessoas com instituições, maracutaias com projetos estratégicos, é hora de começar de novo, renovar a esperança e, sobretudo, não permitir que tudo fique como dantes.
Aprendamos com Gandhi a fazer hoje, a partir de nossas práticas pessoais e sociais, o mundo novo que sonhamos legar às gerações futuras. Deixemos ressoar no coração as palavras de Mario Quintana: "Se as coisas são inatingíveis... ora!/ Não é motivo para não querê-las.../ Que tristes os caminhos, se não fora/ A mágica presença das estrelas!".
Carlos Alberto Libânio Christo, o Frei Betto, 60, frade dominicano, escritor e assessor de movimentos sociais, é autor de "Treze Contos Diabólicos e Um Angélico" (Planeta), entre outros livros. Foi assessor especial da Presidência da República (2003-2004).

 Folha de S. Paulo


Leia as estrofes abaixo e assinale a alternativa correta:
“Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá;
As aves, que aqui gorjeiam,
Não gorjeiam como lá.”

(Canção do Exílio - Gonçalves Dias)

 “Migna terra tê parmeras,
 Che ganta inzima o sabiá.
As aves che stó aqui,
Tambê tuttos sabi gorgeá.”
(Migna Terra - Juó Bananere)
A)
Não ocorreu intertextualidade, pois os textos são muito diferentes entre si;
B)
Não ocorreu intertextualidade, pois os títulos dos poemas são diferentes;
C)
Não ocorreu intertextualidade, pois o segundo texto brinca excessivamente com elementos do primeiro;
D)
Só é possível identificar a intertextualidade quando o leitor conhece o texto de referência e sua inserção no texto seguinte.
E)
Só pode ocorrer intertextualidade se por seus conhecimentos prévios, o leitor distinguir qual é o gênero textual.

Sugestão

Sucesso Você já respondeu e acertou este exercício! (Resposta: D)
Considera-se intertextualidade:
A)
 A citação de um texto por outro.
B)
A transposição de um texto de ficção para a televisão.
C)
A transposição de um filme em romance.
D)
 Uma estratégia argumentativa persuasiva.
E)
Uma estratégia argumentativa, mas não persuasiva.

Sucesso Você já respondeu e acertou este exercício! (Resposta: A)
Considere os textos a seguir em sua relação de intertextualidade:


Para que mentir?
      Para que mentir
      tu ainda não tens
      Esse dom de saber iludir?
      Pra quê? Pra que mentir,
      Se não há necessidade
      De me trair?
      Pra que mentir
      Se tu ainda não tens
      A malícia de toda mulher?
      Pra que mentir, se eu sei
      Que gostas de outro
      Que te diz que não te quer?
      Pra que mentir tanto assim
      Se tu sabes que eu sei
      Que tu não gostas de mim?
      Se tu sabes que eu te quero
      Apesar de ser traído
      Pelo teu ódio sincero
      Ou por teu amor fingido?
      (Vadico e Noel Rosa, 1934)

Dom de Iludir
      Não me venha falar na malícia
      de toda mulher
      Cada um sabe a dor e a delícia
      de ser o que é.
      Não me olhe como se a polícia
      andasse atrás de mim.
      Cale a boca, e não cale na boca
      notícia ruim.
      Você sabe explicar
      Você sabe entender, tudo bem.
      Você está, você é, você faz.
      Você quer, você tem.
      Você diz a verdade, a verdade
      é seu dom de iludir.
      Como pode querer que a mulher
      vá viver sem mentir.
      (Caetano Veloso, 1982)


Assinale a alternativa CORRETA
A)
Não ocorreu intertextualidade, pois um texto é de 1934 e o outro de 1982;
B)
Não ocorreu intertextualidade, pois os títulos dos poemas são diferentes;
C)
 Não ocorreu intertextualidade, pois o primeiro texto brinca excessivamente com elementos do primeiro;
D)
Ocorreu intertextualidade porque, por seus conhecimentos prévios, o leitor identificou qual é o gênero textual de cada um dos textos lidos;
E)
Ocorreu intertextualidade, pois o leitor tem possibilidades de reconhecer o texto de referência e sua inserção no texto seguinte.

Sugestão

Sucesso Você já respondeu e acertou este exercício! (Resposta: E)
Considere os seguintes poemas:

Aquela triste e leda madrugada,
cheia toda de mágoa e de piedade,
enquanto houver no mundo saudade
quero que seja sempre celebrada.

Ela só, quando amena e marchetada
saía, dando ao mundo claridade,
viu apartar-se de ua outra vontade,
que  nunca poderá ver-se apartada.

Ela só viu as lágrimas em fio,
que d' uns e d' outros olhos derivadas
s' acrescentaram em grande e largo rio.

Ela viu as palavras magoadas
que puderam tornar o fogo frio,
e dar descanso às almas condenadas.

Luís de Camões

Aquela clara madrugada que
viu lágrimas correrem no teu rosto
e alegre se fez triste como se
chovesse de repente em pleno agosto.

Ela só viu meus dedos nos teus dedos
meu nome no teu nome. E demorados
viu nossos olhos juntos nos segredos
que em silêncio dissemos separados.

A clara madrugada em que parti.
Só ela viu teu rosto olhando a estrada
por onde um automóvel se afastava.

E viu que a pátria estava toda em ti.
E ouviu dizer-me adeus: essa palavra
que fez tão triste a clara madrugada.

Manuel Alegre


Deles podemos dizer que:
A)
 Ocorreu intertextualidade, pois o leitor tem possibilidades de reconhecer o texto de referência e sua inserção no texto seguinte;
B)
Não ocorreu intertextualidade, pois os textos são de autores diferentes;
C)
Ocorreu intertextualidade porque, por seus conhecimentos prévios, o leitor identificou qual é o gênero textual de cada um dos textos lidos;
D)
Não ocorreu intertextualidade, pois o leitor não pode identificar os títulos dos poemas;
E)
Não ocorreu intertextualidade, pois o primeiro texto brinca excessivamente com elementos do primeiro.

Sucesso Você já respondeu e acertou este exercício! (Resposta: A)
Leia o texto a seguir para responder a questão sobre intertextualidade.

Questão da objetividade
As Ciências Humanas invadem hoje todo o nosso espaço mental. Até parece que nossa cultura assinou um contrato com tais disciplinas, estipulando que lhes compete resolver tecnicamente boa parte dos conflitos gerados pela aceleração das atuais mudanças sociais. É em nome do conhecimento objetivo que elas se julgam no direito de explicar os fenômenos humanos e de propor soluções de ordem ética, política, ideológica ou simplesmente humanitária, sem se darem conta de que, fazendo isso, podem facilmente converter-se em "comodidades teóricas" para seus autores e em "comodidades práticas" para sua clientela. Também é em nome do rigor científico que tentam construir todo o seu campo teórico do fenômeno humano, mas através da idéia que gostariam de ter dele, visto terem renunciado aos seus apelos e às suas significações. O equívoco olhar de Narciso, fascinado por sua própria beleza, estaria substituído por um olhar frio, objetivo, escrupuloso, calculista e calculador: e as disciplinas humanas seriam científicas!
(Introdução às Ciências Humanas. Hilton Japiassu. São Paulo, Letras e Letras, 1994, pp.89/90)

Assinale a alternativa INCORRETA.
A)
É preciso que o leitor disponha do conhecimento de que Narciso, jovem dotado de grande beleza, apaixonou-se por sua própria imagem quando a viu refletida na água de uma fonte onde foi matar a sede.
B)
O último parágrafo, em que o mito de Narciso é citado, demonstra que, dado o modo como as Ciências Humanas são vistas hoje, até o olhar de Narciso, antes "fascinado por sua própria beleza", seria substituído por um "olhar frio, objetivo, escrupuloso, calculista e calculador".
C)
Nesse texto, temos um bom exemplo do que se define como intertextualidade: as relações entre textos, a citação de um texto por outro, enfim, o diálogo entre textos.
D)
No trecho acima em que se discute o papel das Ciências Humanas nos tempos atuais e o espaço que estão ocupando, é trazido à tona o mito de Narciso como elemento de intertextualidade.
E)
Não é possível identificar nenhum elemento de intertextualidade nesse texto, pois a maioria dos leitores desconhecem o mito de Narciso.

Sucesso Você já respondeu e acertou este exercício! (Resposta: E)
Considere os textos a seguir em sua relação de intertextualidade:

No meio do caminhohttp://online.unip.br/img_ead_dp/12646.gif
Carlos Drummond de Andrade
No meio do caminho tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
tinha uma pedra
no meio do caminho tinha uma pedra.
Nunca me esquecerei desse acontecimento
na vida de minhas retinas tão fatigadas.
Nunca me esquecerei que no meio do caminho
tinha uma pedra
Tinha uma pedra no meio do caminho
no meio do caminho tinha uma pedra.
 
Assinale a alternativa CORRETA


Caulos. Um passarinho nada prático, 1989.


A)
Não ocorreu intertextualidade, pois um texto é verbal e o outro mistura o verbal com o não-verbal;
B)
Ocorreu intertextualidade, pois o leitor tem possibilidades de reconhecer o texto de referência e sua inserção no texto seguinte;
C)
Não ocorreu intertextualidade, pois os títulos dos poemas são diferentes;
D)
Não ocorreu intertextualidade, pois o primeiro texto brinca excessivamente com elementos do primeiro, por meio das imagens;
E)
Ocorreu intertextualidade porque, por seus conhecimentos prévios, o leitor identificou qual é o gênero textual de cada um dos textos lidos.

Sucesso Você já respondeu e acertou este exercício! (Resposta: B)
Título : 4-a - Informações implícitas: Pressupostos
Conteúdo :
Neste conteúdo, você estudará sobre as informações implícitas em um texto, especialmente sobre os pressupostos.
Para aprofundar seus conhecimentos consulte:





As informações implícitas (pressuposto)         

FIORIN, José Luiz e PLATÃO, Francisco. Lições de texto: leitura e redação. São Paulo: Ática, 2006.  (Lição 20)
______. Para entender o texto: leitura e redação. 16 ed. São Paulo: Ática, 2008.  (Lição 27)

Um dos aspectos mais intrigantes da leitura de um texto é a verificação de que ele pode dizer coisas que parece não estar dizendo. Além das informações explicitamente enunciadas, existem aquelas outras que ficam subentendidas ou pressupostas.
            Observe o quadrinho apresentado no término desse tópico:
           
1. Qual é a informação óbvia contida no primeiro quadrinho?
O marido parar de beber. O verbo “parou” (explícito no enunciado de Helga) marca a informação implícita de que ele bebia antes.

2. O que se pode concluir a respeito do marido da Irma a partir da leitura do segundo quadrinho?
Conclui-se que ele (o marido) parou de beber porque morreu. Informação implícita marcada na palavra “enterro”.


Podemos dizer que nesse texto há informações explícitas e implícitas. Logo, para realizar uma leitura eficiente, o leitor deve captar tanto os dados explícitos quanto os implícitos. Estes últimos são os pressupostos e os subentendidos.

Pressupostos
            Os pressupostos são aquelas ideias não expressas de modo explícito, mas que o leitor pode perceber a partir de certas palavras ou expressões contidas no enunciado.  Da leitura do quadrinho, podemos depreender que a informação explícita pode ser questionada, pois a amiga da Helga poderia concordar ou não com ela. Entretanto, o pressuposto de que o marido da Irma “bebia antes” é verdadeiro, pois está marcado no verbo “parou”.
            Logo, tem-se que o pressuposto necessita ser verdadeiro ou pelo menos admitido como tal, porque é a partir dele que se constroem as informações explícitas. Se o pressuposto é falso, a informação explícita não tem cabimento.


Pressuposto
: circunstância ou fato considerado como antecedente necessário de outro. É um dado posto como indiscutível para o falante ou ouvinte, não é para ser contestado.  


 Os pressupostos são marcados, nos enunciados, por meio de vários indicadores linguísticos, dentre eles podemos citar como exemplo:

·        Certos advérbios como, por exemplo, ainda, já, agora. Exemplo: Os resultados da pesquisa aindanão chegaram. (Pressupõe-se que os resultados já deveriam ter chegado ou que os resultados vão chegar mais tarde)
·        Verbos que indicam mudança ou permanência de estado, como ficar, começar a, passar a, deixar de, continuar, permanecer, tornar-se etc. Exemplo: Maria continua triste. (Pressupõe-se que Maria estava triste antes do momento da enunciação).
  • certos conectores circunstanciais, especialmente quando a oração por eles introduzida vem anteposta. Ex.: desde que, antes que, depois que, visto que etc.
Exemplo: Desde que Ricardo casou, não cumprimenta mais as amigas. (Pressupõe-se que Ricardo cumprimentava as amigas antes de se casar).
 http://online.unip.br/img_ead_dp/12622.gif

Disponível em: <http://hq.cosmo.com.br/textos/quadrindex/qhagar.shtm>. Acesso em: 23 ago. 2008.


Na frase: “O caso do mensalão tornou-se público”, temos:   
A)
O pressuposto de que o mensalão não era praticado.
B)
O pressuposto de que o mensalão era uma estratégia de política social
C)
O pressuposto de que o mensalão não era do conhecimento público até então. 
D)
O pressuposto de que o mensalão era uma estratégia de distribuição de renda.
E)
Não há pressuposto.  

Sugestão

Sucesso Você já respondeu e acertou este exercício! (Resposta: C)
Observe atentamente o cartaz vencedor, em 1991, do I Grande Prêmio Central de Outdoor.

http://online.unip.br/img_ead_dp/12470.gif













Nele observamos que o autor trabalha utilizando como marcador de pressuposição: a palavra “mais”. A partir dessa informação você diria que:
A)
o autor subentende que já há muitas rosquinhas esburacadas na cidade;
 
B)
o autor indica para o leitor o surgimento de mais uma rosquinha com buraco na cidade;
C)
 o autor marca com a palavra um conhecimento que o leitor já possui: há muitos buracos na cidade e apareceu mais um;
D)
o autor exagerou no uso do marcador, pois a rosquinha não tem nada a ver com os buracos da cidade;
E)
nos textos de modo geral não há necessidade de trabalhar com pressuposição, pois o autor deve sempre dizer tudo para facilitar a compreensão do leitor. 

Sugestão

Sucesso Você já respondeu e acertou este exercício! (Resposta: C)
(UEPB) Com relação ao cartaz abaixo, quanto ao aspecto verbal,

 http://online.unip.br/img_ead_dp/12647.gif
A)
há um erro de concordância, pois a palavra Brasilprev está no singular, em desacordo com a palavra determinante, Planos, que está no plural.
B)
há o subentendido de que, nos Planos Brasilprev, havia, antes, várias opções de tributação e outras vantagens, e o veiculador do subentendido é a palavra “uma”.
C)
há o pressuposto de que, no Banco do Brasil, há mais de um Plano Brasilprev, bem como mais de uma vantagem.
D)
há um erro no emprego da pontuação, pois entre frases nominais não se deve usar ponto (.) e, sim, vírgula ( , ).
E)
há o pressuposto de que, nos Planos Brasilprev, já havia, antes, opção de tributação, além de vantagem, e o veiculador da pressuposição é a palavra “Mais”.

Sucesso Você já respondeu e acertou este exercício! (Resposta: E)
Faça uma leitura da seguinte peça publicitária:

http://online.unip.br/img_ead_dp/12692.gif

Nela observamos que o autor trabalha utilizando como marcador de pressuposição: a palavra “agora”. A partir dessa informação e sua relação com o produto anunciado, você diria que:
A)
o autor subentende que antes a beleza não estava nas mãos das mulheres;
  
B)
o autor indica para o leitor a responsabilidade que a mulher sempre teve com a beleza;
C)
a palavra "agora" indica que antes não havia um produto que proporcionava beleza para as mãos; 
D)
a palavra "agora" indica que antes as mulheres não se preocupavam com a beleza das mãos;
E)
o autor deve sempre dizer tudo para facilitar a compreensão do leitor, por isso a escolha da palavra "agora" não interfere na argumentatividade do referido texto.   

Sucesso Você já respondeu e acertou este exercício! (Resposta: C)
A frase: “Pedro deixou de fumar”, apresenta:

A)
um adjetivo que serve como marcador de um pressuposto: “deixou”
B)
  um verbo, que serve como marcador de um pressuposto: “fumar”
C)
um advérbio, que serve como marcador de um pressuposto: “deixou”
D)
um verbo, que serve como marcador de um pressuposto: “deixou”
E)
 um nome, que serve como marcador de um pressuposto: “Pedro”.

Sucesso Você já respondeu e acertou este exercício! (Resposta: D)
Título : 4-b - Informações implícitas: Subentendidos
Conteúdo :

Neste conteúdo, você estudará sobre outro tipo de informação implícita, os subentendidos.
Para aprofundar seus estudos consulte a bibliografia indicada a seguir:

FIORIN, José Luiz e PLATÃO, Francisco. Lições de texto: leitura e redação. São Paulo: Ática, 2006.  (Lição 20)
______. Para entender o texto: leitura e redação. 17 ed. São Paulo: Ática, 2008.  (Lição 27)




As informações implícitas (subentendidos)

Leia o quadrinho a seguir:
 http://online.unip.br/img_ead_dp/12623.gif


Disponível em: <http://hq.cosmo.com.br/textos/quadrindex/qhagar.shtm>. Acesso em: 23 ago. 2008.


1. O que se pode concluir da fala de Helga no primeiro quadrinho?
 Um homem para ser “grande” precisa do apoio da mulher.

2. O que se subentende do diálogo das duas personagens no último quadrinho?
Hagar não é um grande homem.

Subentendidos
 são as insinuações escondidas por trás de uma afirmação. O subentendido difere do pressuposto num aspecto importante: ele é de responsabilidade do ouvinte, pois o falante, ao subentender, esconde-se por trás do sentido literal das palavras e pode dizer que não estava querendo dizer o que o ouvinte depreendeu. Logo, o subentendido, muitas vezes, serve para o falante se proteger diante de uma informação que quer transmitir para o ouvinte sem se comprometer com ela.


•         Implícito: é algo que está envolvido naquele contexto, mas não é revelado, é deixado subentendido, é apenas sugerido.
•         Quando lidamos com uma informação que não foi dita, mas tudo que é dito nos leva a identificá-la, estamos diante de algo implícito.
•         A compreensão de implícitos é essencial para se garantir um bom nível de leitura.


 Portanto,

•         Há textos em que nem tudo o que importa para a interpretação está registrado.
•         O que não foi escrito deve ser levado em consideração para que se possa verdadeiramente interpretar um texto.


Na figura a seguir, tem-se o outdoor vencedor do II Grande Prêmio Central de Outdoor, em 1992. Pode-se detectar no enunciado dessa peça publicitária uma associação texto-imagem que leva o interlocutor a um subentendido.

http://online.unip.br/img_ead_dp/12471.gif

Qual é esse subentendido, considerando que esse é um anúncio publicitário?
A)
se você quer se parecer com um pimentão, deve usar Sundown;
B)
Sundown, praia e pimentão são combinações ideais;


C)
os pimentões devem usar Sundown quando vão à praia;
D)
você pode escolher entre usar Sundown ou ficar como um pimentão: vermelho e ardido.
E)
se você não usar Sundown vai ficar vermelho e ardido como um pimentão.

Sucesso Você já respondeu e acertou este exercício! (Resposta: E)
O texto que segue é uma charge publicada no jornal Gazeta do Povo (PR), em 12 de abril de 2004, da autoria de Paixão. Trata-se de uma peça comunicativa que geralmente apresenta um fato cotidiano com pinceladas de humor ou ironia e forte dependência de informações, inseridas num contexto marcado preferencialmente pela atualidade.
http://online.unip.br/img_ead_dp/12700.jpg
Combinando-se as informações novas (visuais) com o contexto de informações mentais, ativado pelas imagens da charge, o leitor pode subentender que:

A)
o presidente Lula é um homem calmo e que realiza tudo sem pressa.
B)
até uma tartaruga é mais rápida do que o presidente Lula.
C)
o autor da charge faz uma crítica às viagens realizadas pelo presidente Lula.
D)
O presidente Lula possui uma tartaruga como animal de estimação.
E)
O presidente Lula não está tendo um desempenho satisfatório em suas ações governamentais, pois não está fazendo o que prometeu ao povo brasileiro.


Sucesso Você já respondeu e acertou este exercício! (Resposta: E)
No relato:

“Ela diz ter certeza da relação do seu câncer com problemas emocionais que enfrentou durante a vida, principalmente em decorrência da depressão e seus efeitos”, é possível identificar:
A)
 um subentendido: somente conflitos conjugais interferem na saúde.
B)
um subentendido: a atividade médica deve encarar a saúde e a doença como fenômenos apenas biológicos.
C)
um subentendido: a influência das emoções na saúde humana, em decorrência disso, a importância da inclusão dos psicólogos nos grupos terapêuticos.
D)
um pressuposto: a importância do psicólogo no tratamento do câncer.
E)
um pressuposto: a atitude psicológica pode desempenhar um papel relevante para enfrentar a moléstia.

Sugestão

Sucesso Você já respondeu e acertou este exercício! (Resposta: C)
Sobre informações implícitas, considere:
I - Os pressupostos são aquelas idéias não expressas de maneira explícita, mas que o leitor pode perceber a partir de certas palavras ou expressões contidas nas frases.
II - A interpretação do subentendido é de responsabilidade do falante.
III – A interpretação do subentendido é de responsabilidade do ouvinte.
IV – Os pressupostos são marcados por meio de vários indicadores lingüísticos, tais como: certos advérbios, certos verbos, orações adjetivas.
V – Os subentendidos são as insinuações escondidas por trás de uma afirmação.
A)
 Apenas a afirmação II não está correta.
B)
Apenas a afirmação III não está correta.
C)
 Apenas as afirmações I, II e III estão corretas.
D)
Todas as afirmações estão incorretas.
E)
Todas as afirmações estão corretas.

Sucesso Você já respondeu e acertou este exercício! (Resposta: A)
Entendemos como elementos implícitos subtendidos numa frase ou num conjunto de frases quando:

A)
estes elementos não são marcados linguisticamente mas sugerem alguma coisa de modo sutil. O falante esconde-se atrás do sentido literal (real) das palavras. O subtendido diz sem dizer; sugere, mas não diz.
B)
estes elementos são marcados linguisticamente e utilizam-se de recursos argumentativos que levam o leitor a aceitar certas ideias.
C)
uma informação é estabelecida como indiscutível tanto para o falante quanto para o ouvinte.  Decorre de algum elemento linguístico  (marcador); uma ideia  implícita nunca é posta em discussão, transformando o ouvinte em cúmplice.
D)
estes elementos são marcados linguísticamente mas não utilizando-se de recursos argumentativos que levam o leitor a aceitar determinadas ideias.
E)
o falante não pode esconder-se atrás do sentido literal (real) das palavras e negar o que o ouvinte depreendeu de suas palavras.

Sucesso Você já respondeu e acertou este exercício! (Resposta: A)

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